Política

Estado pode ganhar centros para atender moradores de rua

Foto: Arquivo

Nos próximos meses o Rio pode receber centros especializados para atender a população em situação de rua, sendo que um deles pode ser em Niterói ou São Gonçalo. A afirmação foi feita pela representante da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Paula Valadão, nesta sexta-feira (5) durante a primeira reunião da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), criada para discutir e analisar o problema de moradores de rua.

Ana Paula afirmou que o governo deve implementar, nos próximos meses, centros especializados nas oito regiões do Estado do Rio de Janeiro. “Num primeiro momento seria na Região Metropolitana, onde há maior concentração de população em situação de rua. A ideia é cofinanciar um desses centros no município do Rio, em Bonsucesso, na Zona Norte. O outro seria uma casa de passagem, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A região de Niterói e São Gonçalo já está se organizando para definir qual cidade será a sede. Para funcionar, o governo vai ampliar em 100% o cofinanciamento para o município sede”, ressaltou Ana Paula.

De acordo com os deputados, a falta de informações sobre o perfil de moradores em situação de rua dificuldade na implementação de políticas públicas. "Precisamos traçar um perfil dessas pessoas, o que fazem, como vivem, unificar municípios e estados. Depois estabelecermos um corpo técnico para para poder realizar um trabalho efetivo para essa população”, defendeu o presidente da comissão, deputado Danniel Librelon (PRB).

Dados desatualizados

Segundo a 4ª promotora de justiça de tutela coletiva e defesa da cidadania, Bárbara Salomão Spier, os últimos dados de um estudo feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social é questionável, no que diz respeito ao número atualizado de moradores de rua.

“A própria secretaria questiona a abordagem. Os números não batem. Em 2018 foi divulgado pela pasta que houve um registro de 4.628 pessoas em situação de rua, mas em dois consultórios que atendem a essa população tem mais de 9.000 pessoas cadastradas. Só que independente da divulgação de um número correto é indiscutível a necessidade de melhorias dos abrigos temporários que são modalidades de acolhimento, previsto na política. E estes abrigos são os locais onde podem ser feitos todo o desenvolvimento da política de assistência social”, explicou Bárbara.

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